Para conscientizar sobre a necessidade da amamentação exclusiva até os 6 meses de idade, foi criado o Agosto Dourado. Assim, as ações de saúde neste mês se voltam para a importância desse alimento para o desenvolvimento sadio de bebês e crianças.
Sem dúvidas é inegável os benefícios da amamentação para mães e bebês e por este motivo neste mês à internet está recheada de imagens lindas de mães amamentando seus bebês.
Porém meu papo hoje é com as mães que estão vendo essas imagens e sentem alguma forma de tristeza, frustração, fracasso ou qualquer outra emoção negativa pelo fato de que não amamentaram suas crianças.
E este “não amamentar” ocorre pelos mais diversos motivos, diferente do mundo cor de rosa que as campanhas pintam, amamentar é algo extremamente difícil e muitas vezes doloroso no início. Além de que o stress do puerpério interfere diretamente na produção do leite, mas como achar esse equilíbrio de se manter equilibrada emocionalmente quando o corpo mal se aguenta em pé de cansaço das noites mal dormidas acumuladas?
Existem muitas mães que tentam muito porém por diversos motivos não conseguem amamentar. E existem também as que não amamentam por opção, e cada uma dela tem os seus motivos para isso.
São menos mãe por causa disso? Jamais.
Seus bebês foram prejudicados? Também não acredito, a indústria se aprimorou muito para produzir fórmulas que atendam todas as necessidades nutricionais que os bebês necessitam, e a prova disso é as crianças saudáveis que consomem as mesmas.
Estou desvalorizando o leite materno? De maneira alguma, continuo acreditando quem é o melhor alimento que uma mãe pode dar ao filho.
Porém hj quero acolher as mães que não amamentaram e são tão cruelmente julgadas, mesmo que os que julgam não conheçam a sua história.
Mais uma vez venho levantar a bandeira do “Não Julgamento” na maternidade, que o “Agosto dourado” seja luz para todas as mães, as que deram o peito e as que não deram, pois tenho certeza que ambas entregaram o alimento que mais nutre aos seus filhos: o amor sem medidas.