terça-feira, 28 de agosto de 2018

Precisamos falar sobre puerpério...

puerpério
substantivo masculino

  1. período que decorre desde o parto até que os órgãos genitais e o estado geral da mulher voltem às condições anteriores à gestação.

Em linguagem popular eu definiria: É punk!

O puerpério talvez seja a experiência mais complexa que uma mulher passará na vida. Sabemos que é muito individual a maneira que cada uma reagirá dependendo de diversos outros fatores que a rodeiam nesse período, porém mesmo para aquela que no geral o puerpério virá de maneira amena, não tenho dúvidas que também existirão os dias difíceis.
      
O nascimento de um filho traz todo aquele amor louco, do qual tanto ouvimos falar, mas o que eu quero trazer neste post é aquilo que vem junto e que não se fala.

A perda da identidade (mesmo que momentânea), da liberdade, a privação devastadora do sono, as dificuldades com a amamentação, os medos a insegurança, o peso da responsabilidade sobre uma nova vida humana totalmente dependente dos seus cuidados...é realmente muita coisa para lidar.

A questão do sono lembro de ter me abalado profundamente neste período, juntamente com a minha auto cobrança em produzir leite, diziam que precisaria estar tranquila para isso, mas como alguém que não tem uma noite inteira de sono há dias poderá estar "tranquila"? A conta simplesmente não fecha, e de repente nos vemos sentindo-se abatidas, tristes, chorosas, ao mesmo tempo que materna em nossa cabeça, que não temos o direito a esses sentimentos, diante da criança perfeita que recebemos.  Parecerá ingratidão, mas é simplesmente nossos hormônios malucos somados a enxurrada de mudanças, a qual nunca se está verdadeiramente preparada.

Aliado a tudo isso, ainda existe as 1001 necessidades do bebê que precisamos atender, o que faz ser normal uma mãe no puerpério perceber que está na metade do dia e ainda não parou pra escovar os dentes, ou chegar a noite sem ter tirado o pijama (aconteceu comigo várias vezes).

O objetivo desse texto é abraçar com todo amor você que está vivendo o puerpério. Te dizer que sim, você tem total direito de sentir-se triste, frustrada, carente ou qualquer outro sentimento que julgue que não deveria estar sentindo. O que você está vivendo é realmente MUITO difícil. Não se iniba em pedir ajuda pedir socorro, para mãe, para o parceiro, para a irmã, para uma amiga...você não precisa dar conta de tudo sozinha. Você não precisa sequer, ter sido invadida pelo amor arrebatador pelo seu filho neste primeiro momento de tantas angústias, não se culpe se isso não aconteceu. E te garanto, em algum momento acontecerá. Da mesma forma, que em algum momento as coisas ficarão mais fáceis. Apenas chore quando precisar chorar. Aceite sua fragilidade seus medos e inseguranças. Seja generosa e compreensiva com sua própria dor e lembre-se toda vez que puder da promessa que te farei agora: Tudo isso vai passar!







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