Esta semana recebi o pedido de uma leitora para tratar de um tema bastante delicado: como falar da morte com as crianças. Especialmente quando elas perdem alguém próximo da família, como foi o caso da nossa leitora, em que o filho pequeno perdeu a avó paterna com quem tinha uma ligação muito forte. As dúvidas são muitas, levar ou não ao velório, como abordar o assunto etc.
Convidei a psicóloga Mariana Moura, que gentilmente aceitou o pedido para falar um pouco sobre a melhor forma de fazermos essa abordagem. Confiram:
"As crianças percebem nossas emoções.
Talvez sejam mais sensíveis e atentos que muitos adultos.
Sendo assim, fica muito difícil esconder algumas situações das crianças.
A morte de um ente querido é uma delas.
A base para essa decisão deve ser o diálogo, dependendo da idade, a criança já consegue com o suporte da família, decidir se comparecerá ao funeral, se houve processo de adoecimento, provavelmente elas participaram.
Para crianças muito novas, deve-se falar da morte e utilizar recursos como anjos e estrelas.
Um recurso muito válido, é ter uma caixinha de lembranças com bilhetes, fotos, algum objeto; é além de tudo uma forma de homenagear aquele que partiu. "