terça-feira, 1 de setembro de 2015

Como ensinar as crianças a lidarem com a raiva!



Quando vocês chegaram no parquinho estava tudo bem. Ele estava brincando com um sorriso de orelha a orelha. Mas foi só dizer: “vamos embora” que o semblante feliz foi substituído por uma cara amarrada e testa franzida. Os pulos e a corrida pela grama deram lugar aos chutes no ar e braços cruzados. Crianças sentem raiva e não têm vergonha assumir. Quem fica sem jeito é a gente. E ai, como acalmamos essas ferinhas? Primeiramente é preciso entender que a raiva é uma reação fisiológica normal que nos acompanha ao longo da vida e provém das frustrações que sentimos. Bebês manifestam raiva, por exemplo, quando estão com fome, cansados ou precisando de colo. A medida que vão se desenvolvendo, os motivos que provocam raiva e a forma como essa sensação é expressada também mudam. E ao invés de simplesmente chorarem, passam a bater o pé, discutirem, fazerem manha e até mesmo adotarem atitudes agressivas.

Talvez essa informação incomode um pouco, mas tentar reprimir a raiva das crianças não é uma atitude educativa. Calma. Isso não quer dizer fechar os olhos quando os filhos estiverem tento um ataque de fúria no meio do supermercado e ameaçando derrubar a prateleira de bolachas. Uma atitude construtiva é incentivar que eles expressem os motivos de sua insatisfação. O que os pais podem fazer é explicar aos filhos que esse sentimento que está se manifestando é a raiva, que é normal e que o melhor a fazer com essa sensação é expressá-la, mas sem fazer birra ou magoar outras pessoas”, explica a psicóloga e psicopedagoga Andreia Calçada, mãe de João Pedro.

A melhor forma de fazer isso é incentivar seu filho a falar sobre o que ele está sentindo. Em seu livro“O segredo das Crianças Felizes, o terapeuta familiar Steve Biddulph, explica que os pais podem ajudar as crianças a ligarem seus sentimentos com os motivos. “Crianças pequenas sempre vão precisar de auxílio para lembrarem o que deu errado. Para isso pergunte, por exemplo, se ela está brava porque precisa ir embora do parquinho. Dessa forma, eles vão assimilar que precisam dizer o que está errado e por quê, em vez de irem direto para as ações impulsivas”.

Além disso, também é importante demonstrar empatia pela situação, dizendo que você entende o que está se passando dentro da cabeça e do coração dele. No entanto, isso não quer dizer que você deve ceder às vontades da criança ou mentir para ela dizendo que a situação será diferente. Em outras palavras, se vocês passaram o dia inteiro no parque e seu filho está com raiva porque já anoiteceu e está na hora de ir embora, você pode dizer que entende que ele esteja bravo com você, mas já é tarde e vocês precisam voltar para a casa, pois ele precisa comer, tomar banho, dormir.

Final feliz
No meio de turbilhão de emoções, pode parecer difícil tirar um resultado positivo quando o filho fica bravo, mas é possível. Vamos supor que seu filho esteja com raiva porque não foi bem em um prova ou esqueceu um brinquedo na escola. Se isso acontecer, você pode analisar junto com ele quais foram as dificuldades, ressaltar suas qualidades e incentivá-lo a estudar mais.
Caso uma conversa não resolva, dependendo da situação, fazer uma atividade que distraia a criança também é uma opção. A psicóloga e psicopedagoga sugere que, se a birra acontecer em casa, os pais podem propor uma distração para descarregar a raiva, como picar papeis juntos. Em alguns casos, pode até acontecer de a criança esquecer a raiva e se divertir com a brincadeira.
A psicóloga do Instituto de Análise do Comportamento em Estudos e Psicologia Camila Erdei Daguer, Camila Erdei Daguer, filha de Márcia e Antonio, recomenda também algumas técnicas de relaxamento para acalmar a criança. “Uma atividade que eu realizo muito no meu consultório é trocar as cadeiras de lugar, e pedir à criança que se sente em uma e eu na outra. Coloco uma de costas para a outra e pergunto, por exemplo, qual é a cor da almofada ou o peço que descreva qual roupa estou usando. Dessa forma a criança consegue prestar atenção no que está ao seu redor e se acalmar”, afirma.
Movimentos que ajudam a criança a prestar atenção no próprio corpo também são úteis, como abrir e fechar as mãos, rodar o pescoço para o lado direito e esquerdo, inspirar e soltar o ar.

Adultos também têm raiva
Que bom seria se a gente conseguisse manter a calma quando nossos filhos estão descontrolados. Mas têm dias que não dá. A recomendação da psicóloga Andreia é tentar manter a calma, pelo menos para explicar ao seu filho que você também não está bem e se afastar dele por um tempo. Você pode dizer: “Eu não estou bem, eu também estou com raiva e não quero conversar com você para a gente não brigar”.
“É importante que os pais evitem se descontrolar na frente dos filhos, pois eles são exemplos de conduta para as crianças. Sendo assim se o filho vê que o pai não sabe lidar com a raiva ele pode imitar o seu comportamento”, conta Andreia.

Todos precisam de um pouquinho de raiva
Excesso de nervosismo não faz bem para ninguém, mas aceitar tudo calado, também não é o caminho. Segundo a psicóloga do Instituto de Análise do Comportamento em Estudos e Psicologia, se a criança é permissiva demais não desenvolve habilidades de enfrentamento, que são importantes para o seu desenvolvimento e convivência em sociedade.
Andreia completa dizendo que pessoas que não expressam seus sentimentos podem adoecer e ficarem deprimidas. Sendo assim, a lição que tiramos de tudo isso é que é necessário equilibrar o desequilíbrio e vice-versa.

Fonte: Revista Pais e Filhos
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Primeiramente é preciso entender que a raiva é uma reação fisiológica normal que nos acompanha ao longo da vida e provém das frustrações que sentimos. Bebês manifestam raiva, por exemplo, quando estão com fome, cansados ou precisando de colo. A medida que vão se desenvolvendo, os motivos que provocam raiva e a forma como essa sensação é expressada também mudam. E ao invés de simplesmente chorarem, passam a bater o pé, discutirem, fazerem manha e até mesmo adotarem atitudes agressivas.
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Quando vocês chegaram no parquinho estava tudo bem. Ele estava brincando com um sorriso de orelha a orelha. Mas foi só dizer: “vamos embora” que o semblante feliz foi substituído por uma cara amarrada e testa franzida. Os pulos e a corrida pela grama deram lugar aos chutes no ar e braços cruzados. Crianças sentem raiva e não têm vergonha assumir. Quem fica sem jeito é a gente. E ai, como acalmamos essas ferinhas?
Primeiramente é preciso entender que a raiva é uma reação fisiológica normal que nos acompanha ao longo da vida e provém das frustrações que sentimos. Bebês manifestam raiva, por exemplo, quando estão com fome, cansados ou precisando de colo. A medida que vão se desenvolvendo, os motivos que provocam raiva e a forma como essa sensação é expressada também mudam. E ao invés de simplesmente chorarem, passam a bater o pé, discutirem, fazerem manha e até mesmo adotarem atitudes agressivas.
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