Hoje vou compartilhar, um texto escrito por uma amiga, que muito mais que um desabafo é um pedido de ajuda. Estou acompanhando a história da Vivi e assim como a Mari (minha amiga que escreveu o texto), torço e tenho fé em um final feliz para essa pequena.
Ainda essa semana vou fazer meu cadastro no Hemosul para ser doadora de medula, é bem simples, basta colher o sangue, e já pensou que alegria imensa descobrir que vc pode ter compatibilidade para salvar uma vida? Vale muito a pena, achar um tempinho para fazer o cadastro. Segue o texto para vocês conhecerem um pouquinho da história da Vivi:
A filha da minha amiga.
Fabi é minha amiga desde 2003, sabe tudo da minha vida,
arrebentou meu coração quando foi morar no Canadá e me deu a imensa
alegria de ser "tia de coração".
Vivian nasceu 1 mês e 13 dias antes do Arthur, meu primeiro
sobrinho de sangue; coincidência ou não, eles nasceram com o mesmo peso
e tamanho: 2,500 kg e 46 centímetros.
Minha vida se encheu.
Fabi voltou do Canadá e confesso que meu coração se
aliviou, passávamos várias tardes por alguma confeitaria de Brasília,
relembrando histórias e curtindo a Vivi.
Uma tarde de quarta - feira, em Novembro de 2013, Fabi veio
para minha casa com a Vivi, ela estava diferente, muito quietinha, um
tanto abatida; mesmo assim brincou com meu cachorro e comeu pão de
queijo. Antes de ir embora, percebi toda a preocupação da Fabi quando
disse:
- Nossa filha! Febre de novo!
Na segunda seguinte tinha tarde dos amigos do Arthur na
casa da minha irmã, além da Vivi, Gael e Tiê (meus outros "sobrinhos")
estariam lá. Fabi mandou mensagem avisando que estava no médico e que
Vivi ficaria de jejum por 12 horas para fazer exames.
Uma semana depois da tarde gostosa que tivemos aqui em casa, veio a bomba: Vivian estava com leucemia.
Lembro do celular cair da minha mão, da crise de choro, de
ver o dia amanhecer e de mentir para meus pacientes de quinta-feira que
meus olhos inchados eram fruto de uma absurda alergia.
Após o diagnóstico, com 10 meses de vida, ela foi internada imediatamente e foram longos dias no hospital.
Vieram cirurgias, queda de cabelo, efeitos colaterais da
quimioterapia, isolamento por conta da baixa imunidade... momentos
difíceis, e vários foram encarados com muita força pela Vivi.
Estava tudo sob controle, quando no dia 4 de Junho de 2015,
recebi uma mensagem da Fabi me contando que a doença tinha voltado e
agora só um transplante de medula poderia salvá-la.
Acho que li a mensagem 57 vezes, um filme se repetiu na minha cabeça.
No dia seguinte eu e duas amigas estávamos no Hemocentro de Brasília fazendo cadastro para sermos doadoras de medula óssea.
Não siga meu exemplo. Não espere a doença te procurar,
arrancar seu chão e te estraçalhar por dentro para tomar uma atitude tão
simples.
Fabi decidiu voltar para o Canadá e iniciar o tratamento lá, são outras perspectivas e possibilidades.
Em uma noite dessas, eu sonhei que tudo era sonho, acho que
foi o único instante desde o dia 4 que tive um pouco de calma, mas logo
depois percebi que o sonho... era sonho.
Resolvi não chamar esse momento de pesadelo, pois estou
recebendo uma lição diária de amor e tolerância, não precisei ser mãe
para provar o famoso amor incondicional. Vivi e Arthur são excelentes
mestres, meus sobrinhos iluminados.
Eu quero transformar esse sonho em realidade, eu quero a
filha da minha amiga curada, e para que isso possa acontecer, nós
precisamos de SOLIDARIEDADE.
O transplante de medula é possível a partir da SOLIDARIEDADE das pessoas e não de uma fatalidade.
Se você tem entre 18 e 55 anos, compareça ao Hemocentro de
sua cidade, uma amostra de 4 a 10 ml de sangue será retirado para
mapeamento genético e só! É mais simples e rápido que uma doação de
sangue, assim, você pode ajudar a Vivi, a Karina, o Jhonny, o Rodrigo e
tantas outras pessoas que lutam contra a leucemia.
Espalhe a hashtag #ajudevivi pelas redes sociais, mobilize seus amigos e seja doador de medula óssea!
Eu, Vivi, Fabi e todos que esperam um transplante, agradecemos.