terça-feira, 7 de outubro de 2014

Arthur!

Meigo. Carinhoso. Gênio fácil. Doce. Não esse não é o meu Arthur. Até porque seria muito fácil ter dois filhos com essas características. Ele é bravo, carrancudinho, gênio forte e preciso sempre implorar por um abraço ou um beijo. Ele torna o exercício da maternidade um desafio e me ensinou que mesmo gerados no mesmo ventre e educados da mesma forma, os filhos podem possuir personalidades opostas. Eu não vou negar, que com ele tudo é mais difícil e algumas vezes já pensei: porque ele não podia ser tão fácil de lidar quanto a irmã? Sim essas comparações são terríveis, e me sinto péssima quando acontece, mas é inevitável esse pensamento em alguns momentos pois é muito mais fácil educar e até amar o filho que se doa. Porém eu aprendi a respeitar a sua essência e as suas reservas, e todos os gestos de carinho dele são recebidos por mim com grande alegria, pois apesar de não serem constantes quando ocorrem são sempre sinceros. Arthur é meu menino de futuro brilhante. Apesar dele só ter 3 anos eu sei que ele vai conquistar o que quiser na vida. E que ás vezes eu vou precisar da força e da obstinação dele para lembrar que meus sonhos também podem se tornar reais. Arthur é meu menino difícil, mas que conserva intacta sua capacidade de se emocionar e se sensibilizar com uma situação triste por exemplo. Arthur tem pressa pra viver e eu muitas vezes preciso acelerar a marcha para acompanhá-lo. Arthur me testa, me tira a paciência e me faz chorar sobre o travesseiro arrependida de ter perdido as estribeiras com ele. Arthur tem uma independência emocional que impressiona. Ele largou o peito por vontade própria aos 7 meses e apesar da minha insistência nunca mais pegou, jogou a chupeta fora aos 9, me deu tchau a primeira vez que foi dormir na casa da vó e nem lembrou que os pais existiam, e ás vezes quando eu pergunto se ele quer que eu conte uma historia antes de dormir ele diz: não obrigada mamãe, já pode ir para o seu quarto. Ele nunca foi daquelas crianças que solicita a mãe o tempo todo. Eu até já quis que fosse pois uma parte minha se sente rejeitada. Mas apesar disso, eu sei que ele me escolheu para ser sua mãe e chegou para mim mesmo contra todas as possibilidades. E talvez por saber disso, o dia do seu nascimento, foi a emoção mais forte que eu já senti na vida. Ali eu percebi que estava recebendo uma benção, e que eu também o escolhi. Ele, e somente ele, precisava ser o meu menino. Bravo, mal humorado genioso, porém imensamente especial e amado. E é exatamente por isso, que se eu pudesse escolher que ele fosse diferente, eu escolheria que ele continuasse sendo, exatamente do jeitinho que ele é. Eu te amo absurdamente meu filho, e obrigada por ter vindo nessa vida pra mim.

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