quarta-feira, 6 de novembro de 2013

O desmame para as mães!

Sempre acompanho mães em processo de desmame do leite materno, e percebo que muitas vezes é algo mais doloroso para elas que para as próprias crianças.
Aqui já faz um tempo que passei dessa fase. Com a Letícia eu que tomei a iniciativa de desmamar, e com o Arthur a inciativa foi dele, que aos 9 meses acordou, recusou o peito e nunca mais voltou. A verdade é que em ambos os casos eu vivi o luto do desmame. Sofri, chorei, pois foi como se naquele momento, eu tivesse descido um degrau na escalada da maternidade. Passados os ajustes inicias, a partir do momento que a amamentação passa a ser algo prazeroso, o elo que se cria entre mãe e filho, é daquelas coisas que as palavras não explicam.
 Essa magia de produzir o alimento que vai nutrir a criança a quem você deu a vida, é de uma beleza que emociona.
E mais que alimento, a amamentação é aconchego, é ternura, é a cumplicidade expressa em sua forma mais latente.
Por isso, quando chega ao fim, mesmo que seja o momento certo, mesmo que você tenha ansiado por ele, não se surpreenda sentindo-se culpada ou até mesmo um tiquinho menos mãe. Depois do cordão umbilical, o desmame é a primeira separação significativa entre mãe e filho, é é bem próvavel que venha acompanhada de uma certa melancolia na alma, afinal não trata-se de um ato unilateral.
Nós também precisamos desmamar dos filhos. E geralmente, não é fácil admitir que nossos bebês cresceram e estão prontos para novas etapas. Não é fácil e nunca será, mesmo sabendo-se necessário, liberar nossos passarinhos para vôos longe das nossas vistas.

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