segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Pai é Pai e não ajudante da Mãe...

Esses dias eu postei uma foto no perfil do facebook do blog, e o que na minha opinião não passava de uma imagem engraçada, foi interpretada de outra forma, e criou-se uma polêmica, ao meu ver desnecessária.
Porém, divergências de opiniões sempre irão acontecer, e desde que expostas com respeito, acho até saudável a discussão, o que eu não vou é deixar de me posicionar, com medo das pedradas.
O assunto que vou abordar hoje, pode não ser bem visto por quem pensa e age diferente. Mas quero deixar claro, que essa é a MINHA opinião, baseada em leituras, observação do comportamento alheio e principalmente nas minhas experiências.
Eu quero falar sobre um texto do psiquiatra Içami Tiba, que eu li, e o qual faço questão de reproduzir o trecho que chamou minha atenção, por ir totalmente de acordo com o que eu acredito:

 " A mãe costuma pedir ajuda ao pai: Ajude aqui, por favor, fique um pouco com as crianças! Ele acha que está apenas ajudando a mãe e não se sente fazendo a sua parte. Muitos pais nada fazem enquanto suas mulheres não pedem. Para os filhos não interessa se é a mãe que está muito ativa ou se o pai é muito passivo....  Paternidade é a atitude de estar pronto a atender seus filhos, sem esperar que a mãe peça.
    Um pai acomodado, além de não ser um bom exemplo na família, estimula o filho a explorar a mãe. Numa família assim pode se estabelecer uma confusão entre pai acomodado/pai bonzinho e mãe ativa/mãe rabugenta – quando na realidade o pai é negligente e a mãe ativa é obrigada a cobrar as obrigações de todos. Fica muito clara esta situação quando uma mãe reclama que ela é a “pãe” da família. Ela tenta preencher também as funções de pai, o que é quase impossível."

Eu tenho visto diversas famílias nesse padrão citado acima, onde o pai enche a boca para falar: "Eu não troco fralda",  ou simplesmente não fala, mas também não faz nada para ajudar, achando que os cuidados e educação dos filhos, são funções exclusivamente inerentes às mães.
O que eu percebo é que casamentos onde essa postura é observada, estão muito mais fadados ao fracasso, pois é fato que essa mulher e mãe em algum momento irá se sentir sobrecarregada, abandonada e infeliz. Por sua vez, os filhos, como bem exposto no texto acima, crescerão confusos com a falta de definição dos papéis de pai e mãe, além da distância inevitável que se cria de um pai que não é presente. E quando eu falo de presença, isso está muito além de morar e estar na mesma casa, existem filhos de pais separados, cujos pais são muito mais presentes que aqueles que estão ao lado dos filhos.
Eu tenho muita sorte de ter na minha casa um marido e pai extremamente participativo, e posso perceber a afinidade e a cumplicidade das crianças com ele, sabendo o quanto isso irá refletir no futuro, pois quando precisarem de um amigo, eles saberão que possuem um dentro de casa. Além disso, sinto-me grata e cuidada, com a ajuda dele e fico muito mais motivada a ser uma esposa carinhosa, o que no final de todo o ciclo resulta no casamento feliz e equilibrado que temos.
Eu quero propor uma reflexão, a todos os pais que ainda não agem como tal...Não importa o quanto a semente do machismo foi enraizada dentro de você, sempre é tempo de abandonar raízes que podem prejudicar nossos frutos, e plantar novas sementes. Seus filhos e seu casamento inevitavelmente sentirão os efeitos positivos das mudanças, e você, enfim descubrirá, o quanto apesar das dificuldades, ser pai pode ser a experiência mais incrível da sua vida.


Porque tem que ser muito HOMEM para ser um pai de verdade...


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