terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Criança pode comer comida de adulto?


Olá Mamães!
Hoje vou compartilhar uma matéria bem interessante que chegou até mim através de uma amiga querida e leitora aqui do blog, a Danny. Diversas vezes tive dúvidas se poderia dar para as crianças alimentos comuns da rotina dos adultos. Essa reportagem vem justamente esclarecer muitas dessas dúvidas. Confiram abaixo o que é liberado e o que é prejudicial quando seu filho consome alimentos de gente grande.


1. Café
A avó oferece golinhos de café para o bebê com a intenção de deixá-lo mais esperto. Ou o pai atrasado para a reunião desiste de discutir com a filha e mistura café em seu leite no lugar do chocolate com a esperança de que ela fique mais atenta na escola. Será que as atitudes estão erradas? O café é um assunto bem polêmico, ainda mais quando se trata de crianças. Estudos dizem que o consumo moderado pode reduzir o colesterol e diminuir o risco de depressão, entre outros benefícios. Sobre os malefícios na infância, não há controvérsias. "O café, dependendo da quantidade fornecida, pode diminuir a absorção do cálcio existente no leite. Também pode ser considerado um irritante gástrico, além de causar irritabilidade, insônia e agitação", alerta a nutricionista Ilana Elman, de São Paulo. "Cafeína em excesso pode acelerar o metabolismo da criança e dificultar seu crescimento e ganho de peso adequados", completa Daniela Cyrulin, consultora de nutrição da Focca Nutrição e Sabor, em São Paulo.

Mesmo o café descafeinado contém um pouco de cafeína. Seus prejuízos são menores no organismo, mas nem por isso ele deve ser oferecido excessivamente. Caso a família seja adepta do café, é lógico imaginar que a criança vai querer imitar os adultos em algum momento. Aguarde até ela completar 2 anos - antes há o risco de prejudicar o sistema digestivo imaturo. Depois disso, ofereça moderadamente. Os especialistas sugerem uma ou duas xícaras pequenas por dia, de preferência misturadas ao leite. Cuidado para que o café não tome o lugar de alimentos mais nutritivos. Um porém: há pesquisas no Incor avaliando os efeitos benéficos do consumo de café pelas crianças logo ao amanhecer justamente pelo fato de ele deixar as pessoas mais espertas nas primeiras horas do dia.

2. Barrinhas de cereais
Prática e, algumas vezes, saborosas, as barrinhas de cereais são um sucesso entre os adultos e agora aparecem nas lancheiras escolares ou picadinhas nos pratos dos bebês. Não há problema algum quando isso não ocorre sempre. "Elas são fontes de fibras", diz a nutróloga Fabíola Suano, do Departamento Científico de Nutrologia da Sociedade Brasileira de Pediatria. "Existem vários tipos de barras de cereais hoje em dia. O ideal é escolher a mais natural possível, sem adição de açúcar, chocolate, edulcorantes", avisa. Leia o rótulo e esqueça as versões com cobertura de chocolate, com mais xarope do que cereais, as diet e as light. Opte pelas barras simples, com frutas e castanhas. Complete o lanche com algo mais, como uma fruta e uma fonte de proteína - queijo ou iogurte, por exemplo.

Nada de oferecer apenas a barrinha para economizar calorias e tentar controlar o ganho de peso, como muitos adultos fazem. Crianças não funcionam do mesmo jeito. A alimentação infantil tem de ser variada para ser saudável. Por isso, por mais prática que seja, não dá para oferecer barrinhas todos os dias. Uma ou duas vezes por semana, tudo bem. "Alterne com pães, biscoitos leves, bolos simples, castanhas e frutas frescas ou secas", sugere a nutricionista Melissa Lippe, diretora do Renutrir - Nutrição e Bem Estar, em São Paulo.

3. Iogurtes com dose extra de probióticos
Existem no mercado alguns iogurtes funcionais, que possuem uma quantidade maior de probióticos - microorganismos vivos, como os lactobacilos - do que as versões tradicionais. O objetivo é garantir o ritmo saudável do intestino. Rapidamente, muitos adultos acharam que poderiam resolver problemas de prisão de ventre dos bebês oferecendo tais iogurtes. "Eles são destinados ao público adulto, que tem sua flora intestinal desequilibrada em virtude de anos de estilo de vida e hábitos alimentares desfavoráveis à sua saúde", diz a nutricionista Melissa. O assunto é polêmico entre os especialistas. Há os que acreditam que esse iogurte seria um exagero para o organismo infantil: os alimentos naturais dariam conta perfeitamente de manter o bom funcionamento do intestino. Outros não veem problema algum na garotada consumi-lo. A Academia Americana de Pediatria considerou que os probióticos podem ser tão benéficos para a saúde da criança quanto são para os adultos, mas ainda não há dados suficientes para que haja uma recomendação formal de consumo. Antes de comprar para o seu filho, melhor conversar com o pediatra.

4. Macarrão instantâneo
Pronto, geralmente, em três minutos, o macarrão instantâneo é a saída mais popular para quem quer comida rápida, quente e, para alguns paladares, gostosa. As crianças adoram a massa enroladinha, mas essa é uma péssima escolha, principalmente, para a garotada. E continua sendo mesmo quando substituímos o tempero pronto - rico em corantes, conservantes e sódio - por legumes picados ou algo mais saudável. "Existe outro vilão nesse tipo de alimento. Para ficar pronto em poucos minutos, o macarrão tem de ser pré-frito. A quantidade de gordura incorporada é maior do que em outros tipos e essa gordura aumenta o risco de doenças futuras", avisa a nutróloga Fabíola Suano, do Departamento Científico de Nutrologia da Sociedade Brasileira de Pediatria. Seu consumo deve ser bem esporádico. E faça as contas: será que cozinhar um macarrão tradicional, como o do tipo cabelinho de anjo, regar com um fio de azeite e ralar queijo por cima demora muito mais do que três minutos?

5. Pizza
As apetitosas pizzas são liberadas para as crianças, principalmente depois de 2 anos de idade. Porém, não vale jantar redondas todos os dias - alimentação saudável tem de ser variada, lembra? "A pizza é nutritiva, sim, tem os carboidratos da massa, as proteínas dos queijos, do atum, a gordura boa daquele fiozinho de azeite, mas, se consumida como prato único de maneira repetida, não vai atender às necessidades nutricionais dos pequenos", diz a nutricionista Melissa Lippe, diretora do Renutrir - Nutrição e Bem-Estar. Observe a cobertura. Os sabores mais simples, geralmente, são mais bem aceitos pelas crianças: mussarela, queijo, palmito. Os mais elaborados podem irritar o sistema digestivo. Evite as pizzas mais gordurosas (calabresa, pepperoni, bacon), as com embutidos (salame, presunto) e as muito fortes (aliche).

Outro lembrete: a pizza congelada, comprada no supermercado, tem quantidade exagerada de gordura e sódio por causa do processo de conservação do produto. Entre essa opção e pedir a pizza em seu local preferido, fique com a segunda ideia: no delivery, a massa, em geral, é feita no dia, os ingredientes são mais frescos e ela é mais saborosa. Quer uma ideia gostosa e melhor ainda? Reúna a garotada e faça a pizza em casa, com pão sírio ou massa caseira.

6. Refrigerante
Nenhum alimento é tão vazio quanto o refrigerante. Ele é calórico, já que tem muito açúcar e possui outros ingredientes que estão longe de serem considerados nutritivos. Por isso, é completamente desnecessário na alimentação infantil, apesar de aparecer com frequência nas mamadeiras dos pequenos. "Quando a criança ou o bebê consome refrigerante, deixa de ingerir alimentos nutritivos e importantes para seu crescimento, como o leite. Desse modo, pode haver prejuízo no consumo de cálcio, o que prejudica a formação de ossos e dentes, entre outros aspectos", diz a nutricionista Ilana Elman. Os malefícios não param por aí. "Os refrigerantes são bebidas ricas em corantes, que podem desencadear reações alérgicas, principalmente em crianças pequenas. Por serem gaseificadas, também tendem a dilatar o estômago e até causar gases nos menores. Isso sem falar que a alta quantidade de açúcar pode favorecer o surgimento de cáries dentárias, principalmente se não há a higiene bucal imediata após o consumo, diz a nutricionista Melissa Lippe.

As crianças até os 2 anos não têm a flora intestinal madura e, com a alta concentração de açúcar e gases, podem apresentar diarreia. Mais: refrigerantes são ricos em sódio, que pode influenciar na pressão arterial e no bom funcionamento dos rins quando consumido em excesso. As versões do tipo "cola" também contêm alto teor de ácido fosfórico, que reduz a absorção do cálcio e pode ser estimulante. Não adianta apelar para as versões diet e light. Elas realmente não possuem as calorias do açúcar existente nos produtos tradicionais, mas continuam a não fornecer nutrientes para as crianças. Além disso, há o risco de a garotada consumir adoçantes, o que também pode ser prejudicial ao seu desenvolvimento.

Quando os pais gostam de refrigerante e estão acostumados a tê-los à mesa sempre, precisam repensar seus hábitos a favor dos filhos. Afinal, até os bebês vão querer experimentar o que tem no copo da mãe um dia. Pode não ser fácil, mas é uma ótima atitude para a família inteira. Fica a pergunta: por que viciar o bebê em algo tão ruim? Se a criança já gosta, procure tirar o costume. Até porque elas não são tão fãs do sabor - que não é tão doce como o de um suco de uva - e das bolinhas do gás. Muitas bebem apenas para acompanhar os pais ou porque em casa ou na festinha não há outras opções. Faça-a experimentar vários tipos de suco até descobrir os seus preferidos e estipule que os refrigerantes só entram em casa em dias especiais.

7. Produtos diet e light
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o termo diet só pode ser utilizado nos alimentos que tenham restrição total de algum ingrediente - o carboidrato e a gordura, por exemplo - sem o compromisso de ter menos calorias do que a versão tradicional. Já a palavra light colocada em um rótulo mostra que o produto teve redução de no mínimo 25% de algum nutriente ou de calorias se comparado com o alimento original. A não ser que a criança seja diabética - o que exige o consumo de alimentos diet sem carboidratos - ou que tenha outra restrição alimentar diagnosticada por médicos, não é recomendado que comam esses produtos.

Para compensar as reduções e as restrições, os fabricantes adicionam substâncias que podem ser prejudiciais para as crianças. "É o caso do aspartame, que aparece em diversos alimentos diet. Ele não pode ser utilizado por portadores de fenilcetonúria, uma vez que eles não possuem a enzima responsável pelo metabolismo da fenilanina. Outros componentes, como sacarina e ciclamato, podem ser cancerígenos e foi estudada uma quantidade de ingestão diária aceitável para que seu consumo seja seguro. Porém muitas pessoas não conhecem esses limites e acabam consumindo ou oferecendo para as crianças quantidades maiores", diz a nutricionista Ilana.

8. Embutidos
É uma ilusão achar que podemos esconder os embutidos das crianças. Elas adoram salsichas, linguiças e presunto. Algumas, até salames. O problema desse tipo de alimento é a grande quantidade de gordura, sal, conservantes e outros aditivos, mesmo em suas versões light. Além disso, eles costumam ter nitrato, uma substância usada como conservante e para dar o tom avermelhado, que atrai os consumidores. "Esse nitrato se transforma em nitrito no organismo. O nitrito, por sua vez, se une a um composto químico que temos no nosso corpo, a amina, formando a nitrosamina, que é comprovadamente cancerígena. O nosso organismo tem mecanismos de defesa para neutralizá-las, mas, como elas se formam de maneira permanente no corpo, se consumir os embutidos em excesso, o organismo pode não dar conta do recado e adoece. "As crianças são ainda mais sensível a esses compostos", explica a nutricionista Melissa. Por isso, atenção: só apresente os embutidos esporadicamente, quando o pequeno completar 2 anos - antes disso, seu sistema digestivo pode sair prejudicado. Sempre combine com alimentos mais saudáveis, como um sanduíche com queijo e alface.

9. Comidas prontas
Segundo uma recente pesquisa feita pela Sociedade Brasileira de Pediatria, até bebês com menos de 1 ano estão sendo alimentados com pratos prontos, as ditas comidas industrializadas. Apesar de práticas, rápidas de preparar e algumas vezes gostosas, elas são malvadas: contêm muitos aditivos alimentares e devem ser evitadas por todos nós,  principalmente, pelas crianças. "Os alimentos industrializados são ricos em conservantes, sódio, corantes, aromatizantes, xarope de glicose. Esses ingredientes, se consumidos com frequência e em grandes quantidades, podem levar no futuro a diabete tipo 2, obesidade, hipertensão, doenças cardiovasculares", alerta a consultora Daniela.

Os queridos nuggets das crianças, por exemplo, são riquíssimos em gordura e deveriam ser consumidos apenas assados e poucas vezes. Outro produto popular entre as famílias, as sopas prontas, contém uma incrível quantidade de sódio. E não possuem nutrientes suficientes. Por isso são completamente proibidas para bebês - jamais devem ser oferecidas no lugar das papinhas. Mesmo crianças com mais de 1 ano devem tomá-las esporadicamente. O mesmo vale para lasanhas, tortas e outros pratos prontos.

Outro problema desse tipo de alimento: as substâncias que são adicionadas a eles para realçar seu sabor e sua cor. O bebê acostuma seu paladar a esse padrão alimentar e dificilmente vai achar graça no arroz e no feijão caseiros. Menos ainda nas verduras e nos legumes. Cozinhar pode dar muito mais trabalho do que abrir uma caixa e colocá-la no microondas, mas trata-se de um investimento para o futuro.

10. Fast food
Não há passeio no shopping que não termine na praça de alimentação. Tudo bem quando o bebê já completou 1 ano. O problema aqui são as escolhas que fazemos. A comida oferecida, geralmente, é cheia de sódio, gordura e açúcares, como a industrializada. No entnanto, há boas opções de saladas (sem os molhos prontos), legumes e verduras cozidos e sucos de frutas naturais. "As grandes redes de fast food oferecem a opção grelhada para os hambúrgueres, embora poucos saibam", avisa a nutricionista Melissa. Segundo ela, optar por assados e outros acompanhamentos - tem de ter a batata frita sempre? - substituir os refrigerantes por sucos e não carregar no ketchup e na maionese é uma boa saída.

Um lembrete: dependendo das escolhas que sua família faz em termos de fast food, é melhor optar pela comida pronta e passar no supermercado. Em casa, as tentações são menores e você pode, por exemplo, preparar uma boa salada para acompanhar o hambúrguer e fazer um mix de frutas para a sobremesa. Mesmo que ela ganhe uma calda, ainda será mais saudável do que as calóricas sobremesas do tipo fast food.

11. Adoçantes
Com medo de que o filho fique gordinho, muitos pais simplesmente tomam a decisão de fazer tudo com adoçante: o leite, o suco, o bolo... Muitas vezes, a paranoia começa em famílias com bebês com menos de 8 meses! Não há nada mais errado. O adoçante é um produto artificial, feito com substâncias suspeitas - vários estudos demonstram que podem prejudicar o organismo quando consumido em excesso. Não há pesquisas feitas com bebês e crianças e, por isso, pouco se sabe sobre sua interferência no desenvolvimento infantil. Também não foi estabelecida uma quantidade diária segura. Por isso, é unânime entre os médicos a opinião de que apenas crianças com algum tipo de restrição, como as que possuem diabete, é que devem usá-los.

Outra boa razão é a interferência que o gosto do adoçante teria no desenvolvimento do paladar dos bebês. "Não se deve adoçar leite e sucos naturais para bebês, muito menos com adoçantes. Eles precisam conhecer os sabores corretos para auxiliar no desenvolvimento de seus hábitos alimentares. Além disso, uma quantidade exagerada dessa substância pode desencadear diarreias e reações alérgicas", diz a nutricionista Ilana. Quando existe o medo de o filho estar acima do peso, o melhor a fazer é diminuir o açúcar, aumentar a ingestão de frutas, verduras e legumes, investir nas brincadeiras que envolvam atividade física e, o mais importante, conversar com o pediatra.

12. Bebidas isotônicas
Os isotônicos são considerados bebidas esportivas. Possuem uma concentração grande de carboidratos, além de sódio, potássio e cloreto, e, por isso, a sua principal função é repor os líquidos e os sais minerais perdidos durante uma atividade física. Não deve ser encarado como um suco, apesar do seu gosto saboroso. Também são bebidas altamente concentradas em minerais que podem prejudicar o balanço hidroeletrolítico do organismo, influenciando na pressão arterial e na função renal. Como você já deve ter notado, não tem nada a oferecer para crianças e muito menos para os bebês! Nada de dar golinhos para eles enquanto você beberica sua garrafinha depois da academia. "Os isotônicos não são recomendados para as crianças. São liberados somente em casos de desidratação e quadro de diarreia e, mesmo assim, sob a orientação de médico ou nutricionista", diz Melissa. Águas e sucos naturais são suficientes para hidratar a garotada, mesmo depois de atividades físicas intensas.

Fonte: Site Bebe.com.br

Um comentário:

  1. Que alívio ler isso tudo ! Porque sou conhecida como general. Acredita que as crianças só foram comer camarão, linguiça, salsicha depois dos seis anos ? Danoninho e afins então nunca fizeram parte do cardápio deles. Depois que cresceram é que foram se definindo aí vez e outra rola um chandele. Sou super criticada por não até hoje chicletes e entupi-los de bala. Os biscoitos amarelos então aqui nem entram. E eles acostumaram e não reclamam. Amei amiga! Vou compartilhar. Bjks nos amores !

    Arlete Oliveira Avellar

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Vou adorar saber sua opinião sobre esse assunto!

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